A qualidade do leite no Brasil tem sido tema relevante nos últimos anos. Isso porque o país busca agregar valor ao leite e oferecer um produto de maior qualidade ao consumidor. Neste sentido, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), criou duas Instruções Normativas a respeito do assunto e que devem ser seguidas pelo produtor e pela indústria. Confira o art. 7º da IN n° 76/2018 e o art. 45º da IN n°77/2018:
Art. 7º. O leite cru refrigerado de tanque individual ou de uso comunitário deve apresentar médias geométricas trimestrais de Contagem Padrão em Placas de no máximo 300.000 UFC/mL (trezentas mil unidades formadoras de colônia por mililitro) e de Contagem de Células Somáticas de no máximo 500.000 CS/mL (quinhentas mil células por mililitro).
Art. 45º. O estabelecimento deve interromper a coleta do leite na propriedade que apresentar, por três meses consecutivos, resultado de média geométrica fora do padrão estabelecido em Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do leite cru refrigerado para Contagem Padrão em Placas - CPP.
Na prática, isso significa que o leite recolhido na propriedade deve ter no máximo 300 mil unidades de Contagem Bacteriana Total – CBT e de 500 mil de Contagem de Células Somáticas – CCS. Se em três meses consecutivos a CBT e a CCS estiverem fora do padrão estabelecido, o produtor corre o risco de não ter o leite recolhido em sua propriedade.
As IN’s nº 76/2018 e nº 77/2018, entraram em vigor em 2019. Os produtores e gestores de fazendas, ainda encontram dificuldades em estabelecer níveis adequados principalmente de CCS e o quanto ela afeta a rentabilidade da propriedade de leite.
Qual a origem de uma alta ou baixa CBT e CCS?
Quando se fala em CBT é preciso ressaltar a importância da limpeza do equipamento e da pele do teto do animal no momento da ordenha. Sendo que a CBT é originária de uma limpeza ineficiente da ponta do teto e superfícies exteriores a ele, do equipamento de ordenha e dos latões e tanques de resfriamento.
Por isso, quanto menos bactéria tiver no ambiente, menor será o risco de transmissão, principalmente em relação à contaminação cruzada que passa de um animal para outro, ocasionando em mais casos de mastite e um aumento de CCS.
Conforme a zootecnista da Machado Agropecuária, Maristela Bombana, hoje a doença que mais causa prejuízo na produção de leite continua sendo a mastite. Fazendas com CCS acima de 200 000 CS/mL, tem uma diminuição na produtividade da vaca, redução do preço do leite e aumento de custos de produção.
“Para evitar a CBT na propriedade é preciso focar em bons produtos para a completa higienização do equipamento de ordenha e resfriadores, e uma correta limpeza de tetos utilizando sempre um pré-dipping de eficácia comprovada”, explica.
Já a CCS leva mais tempo e precisa do empenho de todos para manter níveis esperados, pois são vários os fatores que influenciam nos resultados. Confira:
- Rebanho: nutrição, higiene, clima, conforto, instalações e perfil dos agentes causadores;
- Vaca: nível de produção, estágio, número de lactações, imunidade e genética;
- Úbere: funcionamento da ordenha, hiperqueratose.
O primeiro passo é diminuir a contaminação. Desta forma, menor será o desafio e melhor será a qualidade do leite comercializado. Por isso, é importante levar em consideração algumas etapas na hora da limpeza do equipamento de ordenha.
Produtos para uma boa limpeza
Manutenção do equipamento, resíduos, água, tempo x temperatura, detergentes, drenagem e turbulência/escovação manual são alguns dos fatores que influenciam para que ocorra a limpeza. O principal objetivo desse processo é retirar os resíduos sem danificar o equipamento.
O sanitizante e o detergente composto por alcalino e ácido são os produtos geralmente utilizados na limpeza dos tetos e dos equipamentos. Os detergentes devem ser registrados no Ministério da Saúde, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Detergentes DeLaval
- Alta qualidade
- Baixa dosagem
- Limpeza eficiente
- Não danifica equipamentos e partes
- 100% biodegradável
- Registrados no Ministério da Saúde/ANVISA
A qualidade da água influencia na qualidade do leite?
As bactérias podem ser encontradas em vários ambientes de uma fazenda, seja nos equipamentos, no tanque do leite ou até mesmo na água. Desta forma, utilizar água potável como nutriente para vaca leiteira e sua higienização e, também, para a limpeza de equipamentos é essencial para uma produção de leite de alta qualidade.
Uma água contaminada e uma limpeza inadequada, são fatores que contribuem para o aumento da Contagem Bacteriana Total – CBT do leite, por exemplo. De acordo com Maristela, um dos itens avaliados pela Machado Agropecuária ao ser solicitada para auxiliar na propriedade, é a dureza da água.
“Se a água tiver uma grande quantidade de carbonato de cálcio ela pode vir a se misturar ao produto aplicado, o que dificulta a limpeza. Nesse caso é preciso utilizar uma maior quantidade de produto”, revela. Segundo ela, o tempo e a temperatura que essa água ficará circulando no equipamento, também influenciam para uma limpeza adequada.
A solução para a sua fazenda você encontra na Machado Agropecuária
A Machado Agropecuária possui uma ampla linha de detergentes e sanitizantes, que proporcionam uma melhor higienização do equipamento visando a diminuição da CBT. Conta também com especialistas em qualidade do leite que orientam a rotina da ordenha. Utilizam pré e pós-dipping de alta qualidade, auxiliando conforme os desafios encontrados em cada fazenda.